A nossa passagem pelo México estava cercada de expectativas: conhecer as pirâmides de Chichén Itza, as ruínas de Tulum, mergulhar mais um pouco no Caribe... Não que deixaram de ser cumpridas, mas sentimos que faltou um pouco de “México” em nossa visita.
Em Playa del Carmen, como em Cancún e outras
cidades ali da chamada “Riviera Maia”, tudo é feito para o gosto dos americanos
e para as outras nacionalidades que adoram as coisas dos americanos (como
brasileiros, argentinos, chilenos...). Nada é original, achar um restaurante
típico de culinária mexicana é tarefa difícil (no aeroporto de Cancún, por exemplo,
só tem fast food yankee!). A maioria tem nomes americanos, vendem hambúrgueres,
tocam rock... não que não gostemos disso, mas vamos passar 3 semanas na
California, no México queríamos ver... o México!!
A principal rua da cidade é a que concentra os
principais bares, restaurantes e baladas, a Calle 05 (ou quinta avenida, como
gostam de chamar...). Tem Hard Rock Café, Burguer King, Señor Frog e outros que
te fazem sentir em qualquer shopping center do mundo. Até a língua...o inglês é
mais ouvido e falado que o próprio espanhol! De todo modo, é uma boa opção para
quem quer comer ou se divertir.
A praia de Playa del Carmen é bonita, com aquela
areia branca e mar verde-azulado, típico do caribe. Contudo, o fato de ter uma
longa extensão e estar próxima ao porto de embarque para a ilha de Cozumel,
tiram um pouco da sua tranquilidade e beleza. Além disso, o fato de ser uma
“praia de tombo”, deixa o seu mar um pouco mais agitado, mas nada que atrapalhe
um bom mergulho! As atrações da cidade param por aí; nos seus arredores é que
estão os principais expoentes do turismo na região.
Começamos pelo mar. Esta região é uma das mais
procuradas pelos amantes do mergulho. Playa del Carmen tem seus pontos, mas os
principais estão em Cozumel, na região da barreira de corais que cerca a ilha e
nos cenotes, espécies de cavernas formadas por rochas calcáreas e com águas
cristalinas, além de estalactites gigantescas. Você pode encontrar várias
operadoras ao longo da Quinta Avenida e adjacências. A Pati fez o mergulho de
Playa del
Carmen e os detalhes serão colocados no post específico de mergulho no Caribe.
Saindo dos atrativos naturais, na região temos
várias ruínas importantes e bem preservadas do mundo maia.Carmen e os detalhes serão colocados no post específico de mergulho no Caribe.
A primeira que visitamos foi Tulum, a cerca de 60 Km de Playa del Carmen. Tulum foi uma cidade portuária maia, situada em uma elevação, de frente para uma belíssima praia caribenha. As construções estão relativamente bem preservadas, mas o conjunto é pequeno e a visita, bem rápida. Em cerca de 2 horas é possível ver todo o complexo e ainda dar um mergulho no mar, com vista para os templos. No mesmo dia é ainda possível visitar outro complexo de ruínas maias, o de Cobá, cerca de 35 Km de Tulum. É um complexo bem maior e com construções não tão conservadas, mas muito mais imponentes, incluindo aí uma das únicas pirâmides em que ainda é permitida a subida, com uma belíssima vista da floresta ao redor. Ainda nesse dia é possível curtir uma praia, como a playa paraíso, no meio do caminho entre os dois. Esse tour pode ser feito todo de carro, o que recomendamos, mas também via tour de agência de turismo, o que fizemos, e que não aconselhamos!! A desorganização é grande, o tempo de parada nas atrações é curto e passa-se muito tempo dentro do ônibus... fuja dessa!!
Contudo, a atração realmente imperdível da região
é o conjunto de templos e pirâmides de Chichén
Itza. Em ótimo estado de conservação e grandiosas, as construções nessa que
é uma das sete maravilhas do mundo moderno, impressionam pela simetria e
precisão; efeitos acústicos e visuais difíceis de imaginar mesmo hoje em dia,
já eram feitos pelos maias há mais de mil anos atrás. Isso sem contar o centro
de estudos astronômicos, com um imenso observatório, que faria os astrônomos de
hoje se estapearem para poder usá-lo. O campo
de jogo de pelota, o maior já encontrado até hoje, composto por duas
imensas paredes formando uma espécie de corredor, onde caberiam facilmente dois
campos de futebol, nos faz imaginar os duelos literalmente mortais que lá
aconteceram, já que aos perdedores normalmente era determinada a pena capital.
Mas o que mais impressiona na praça principal é realmente a pirâmide. Composta
de 4 faces perfeitamente simétricas, produz efeitos visuais incríveis,
especialmente em datas específicas como o início da primavera e outono, além de
efeitos sonoros, como a produção de eco em determinados pontos, mecanismo
utilizado para facilitar às multidões escutar os discursos cerimoniais. Para
completar a tríade de construções monumentais da praça central, está também o
templo das mil colunas, representando os bravos guerreiros maias. Chichén Itza,
porém, não se resume a só isso, percorrendo os demais setores do complexo encontramos
outras pirâmides e templos de grande valor arquitetônico e histórico. Difícil
escolher qual o nosso preferido, entre Tikal e Chichén Itza, mas ainda ficamos
com o primeiro.
Como fizemos esse tour por uma agência de turismo,
o que realmente não recomendamos, ainda passamos por um cenote (bem meia boca)
e por uma cidadezinha histórica colonial espanhola, chamada Valladolid...
bonitinha, mas nada em especial, especialmente após visitar Antigua e Cartagena
de Indias.
A última atração que visitamos em nossa passagem
pela península de Yucatán foi a maior ilha mexicana, Cozumel. Muito ouvimos falar das belezas desta ilha, mas realmente,
nada nos impressionou. Alugamos um jipe (o que realmente não é necessário, já
que as estradas são boas) e rodamos por toda a ilha, parando em algumas praias
para fazer snorkel e em outras, na face oposta da ilha, para tirar algumas
fotos do agitado mar explodindo nas rochas calcáreas... foi um dia gostoso, mas
nada por lá realmente nos encantou. O caribe tem ilhas e praias muito mais
bonitas que essa. O lado interessante ficou por conta da nossa volta. No barco,
a caminho de Playa del Carmen, conhecemos Eliseo, um mexicano “faz-tudo”, como
temos aqui no Brasil, e que nos relatou um pouco sobre a dura realidade do seu
país, especialmente nos últimos 10 anos. Contou histórias que me fizeram lembrar
de um professor que tive no colégio e que dizia : “Pobre México, tão longe de
Deus, tão perto dos Estados Unidos...”. Essa foi a única experiência realmente
mexicana da nossa passagem por lá.
Para os que estão com crianças e gostam de
parques, existem algumas opções ali na região, sendo o mais famoso o Xel-ha, com lagoas, rios, florestas e
diversas atrações. Tudo no esquema all-inclusive, de bebidas a comidas. Não
fomos, já que nosso objetivo era outro, mas quem vai, gosta.
Esperávamos muito mais do México nessa primeira
passagem, ficou uma experiência, digamos, “sem sal”. Vamos ver se na nossa volta, agora na
capital, entra uma pimenta jalapenha nesse molho!! Até lá!
Muito bom! Tenho esse sonho de viajar o mundão e a partir de hoje começarei a acompanhar o blog! Não deixem de atualizar, por favor! :D
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