domingo, 4 de maio de 2014

Bali : A verdadeira Ilha da Fantasia!


Antes de mais nada, o tema do post é Bali e não Indonésia (o país onde se localiza a ilha de Bali) porque consideramos situações completamente diferentes dizer que visitamos a Indonésia ou dizer que visitamos Bali. A Indonésia é um dos países mais populosos do mundo, economia emergente e de religião predominantemente islâmica. Bali, uma de suas maiores ilhas, ao contrário, parece que parou no tempo, ainda bastante rural, bucólica, com religião predominantemente budista...a única semelhança com o restante do país, na verdade, é quantidade de gente nas ruas, sempre absurda! Sendo assim, nossa experiência na Indonésia resume-se ao que experimentamos na fantástica ilha de Bali... e garantimos que não foi pouco!

A primeira coisa que vem à cabeça de muitos quando se fala em Bali é, sem dúvida, o surf. Uma das mecas do esporte, pudemos notar, assim que desembarcamos no modestíssimo aeroporto da ilha, a quantidade de pessoas, das mais variadas idades, carregando suas pranchas e rumando em direção às praias do sul. Escolas e mais escolas do esporte ficam perfiladas nas principais praias e ruas, especialmente no ponto mais agitado da cidade e local onde ficamos hospedados, Kuta. A cada 50 metros é possível encontrar balineses alugando pranchas ou oferecendo serviços dos mais variados para quem quiser passar algumas horas esperando pela onda perfeita... e se tem um lugar onde elas existem em grande quantidade, este lugar é Bali!

Bom, nem eu nem a Pati sabemos "pegar onda", então o que fizemos por lá? Muita coisa!! Não faltam atividades, das mais diversas, para quem quer passar uma semana nesta fantástica ilha, sem precisar subir em cima de uma prancha! Comecemos pelas praias. Como já dissemos, ficamos hospedados na mais agitada delas, a praia de Kuta. Não é a mais bonita, mas é, sem dúvida, a mais movimentada, a que concentra a maior quantidade de escolas de surf e a que tem a maior variedade de bares, restaurantes, além de vida noturna intensa. É um bom local para ficar hospedado, com boa estrutura e fácil acesso para os demais cantos da ilha... como descobrimos, mais tarde, ser importantíssimo, em função do trânsito mega caótico!

Aliás, vale um parêntesis aqui, com função de dica. A melhor maneira de se deslocar pela ilha é, sem dúvida, alugando uma scooter. As ruas são estreitas, as distâncias são grandes e caminhar nem sempre vai te levar para os locais interessantes, distantes muitas vezes mais de 50 Km. Não que andar com as "motinhas" seja seguro e tranquilo, existem milhares delas pelas ruas, buzinando e cruzando vias por todos os lados, mas é o modo mais rápido e "eficiente" de deslocamento. Bom, nós não sabíamos pilotar as scooters, então nossa opção foi contratar um motorista e sua van, para percorrer os quatro cantos da ilha... Olha, se o local não fosse realmente fantástico e de beleza sem igual, teríamos nos arrependido amargamente... gastávamos pelo menos umas 3 horas dentro do veículo, presos no trânsito, em cada dia de tour!!

Por falar em local fantástico, o povo balinês não é diferente! Sempre muito solícitos, com sorriso no rosto, simpatia irradiando para todos os lados, o povo da ilha empata no critério amabilidade com os vietnamitas como o povo mais legal que conhecemos em toda a viagem! Não tem como não se encantar com eles, o que contribui para a experiência na ilha ser ainda mais marcante!
Voltando ao "turismo", continuamos com as praias. São incontáveis as opções, dos mais variados estilos: praias com faixa de terra estreita, areia grossa e ondas gigantescas, praias de areias brancas e finas com mar azul, praias agitadas, cheias de gente; praias calmas, praticamente desertas, enfim... o que você procurar, em Bali, vai encontrar!

Além da praia de Kuta, onde estávamos hospedados, visitamos algumas praias do sul, onde dominam as grandes ondas, praias de falésias e muitos surfistas. A primeira que visitamos foi Nusa Dua, praia de águas calmas, esverdeadas e areia branca, em uma região dominada por resorts e bem tranquila. Logo ali perto está a famosa Padang Padang, praia muito frequentada por surfistas e que ficou ainda mais famosa após ser cenário do filme "Comer, rezar e amar" com a Julia Roberts. Terminamos este dia na badalada e disputada Uluwatu.

 Praia de ondas gigantescas e que praticamente não tem areia (no dia, os surfistas saltavam direto da encosta da falésia no mar), é repleta de bares e restaurantes nas falésias, onde os surfistas ficam concentrados, observando e esperando a melhor sequência de ondas. Se você quer só aproveitar o visual e relaxar, faça como nós, vá a um dos clubes à beira da encosta e pegue um pacote com direito à piscina de borda infinita, um drink, cadeira de praia e guarda-sol...e aproveite um pôr-do-sol espetacular!!

Mas Bali está longe de ser só uma ilha de belas praias! A região central da ilha guarda diversas atrações que vão desde os singulares templos hindu-budistas balineses, plantações de café, terraços de arroz, florestas tropicais e montanhas com lagos...isto sem falar na parte leste da ilha e seus vulcões, que não chegamos a visitar por conta da longa distância e trânsito caótico, já citado anteriormente. Em um dos dias, fizemos um tour bem interessante, rodando os principais templos da ilha e terminando com o pôr-do-sol mais fotografado e famoso de Bali!

O primeiro templo que visitamos neste dia foi o de Mengwi, famoso por suas "pagodas", cercadas por um canal artificial repleto de flores de lótus (a flor sagrada e dominante em todo sudeste asiático), tudo isso cercado por muito verde. Os templos budistas balineses não são imponentes como os japoneses e os tailandeses, mas são muito bem trabalhados em detalhes que nos fazem ficar um bom templo contemplando sua beleza. Seguindo viagem, paramos para almoçar no alto de um terraço de arroz, principal produto agrícola da ilha e o principal alimento asiático. Comida espetacular, aliás, como toda comida na Indonésia (aguarde o post sobre culinária do sudeste asiático) e com um visual bem bacana.

Ainda rumo à parte alta da ilha, rota de fuga de Tsunamis (aliás, só para esclarecer, Bali não foi atingida pelo grande tsunami que dizimou centenas de milhares de vidas por lá), paramos em uma fazenda de café para experimentar o mundialmente famoso café balinês, considerado o mais caro do mundo, o kopi luwak. Este café tem um método de produção bastante curioso: o luwak é uma espécie de doninha, ou furão, que habita as florestas da região e se alimenta de diversos grãos, entre eles os de café; o problema é que os animaizinhos não digerem estes grãos e os eliminam nas fezes, quase intactos, após certo processamento digestivo. Estes grãos são, então, limpos, moídos e torrados juntamente com outras essências e ervas...et voilà, aí temos o café mais caro do mundo. Tivemos oportunidade de experimentar... é gostoso, mas não sei ainda se vale 80 dólares uma xícara (calma, pagamos só 5...) !

E finalmente, chegamos ao templo Bedugul, ou, Pura Ulun Danu Bratan. Às margens de um lago, é o templo mais fotografado da ilha, principalmente a "pagoda" que se encontra isolada no meio de uma ilhazinha, no meio do lago. O clima lá é bem diferente daquele calor do verão indonésio, graças aos mais de 1000 metros de altitude do local. Após belas fotos, tomamos novamente o rumo do litoral a tempo de assistir o pôr-do-sol mais famoso da ilha, na praia do templo de Tanah Lot.
O templo de Tanah Lot fica em uma praia bastante singular, formada por falésias e rochas, invadidas pelas fortes ondas de água azul cristalina.

A localização do templo é a mais diferente possível, no alto de um grande rochedo, encravado no meio do mar. Como o pôr-do-sol acontece exatamente atrás do templo, no horizonte do oceano Índico, o visual que se têm, do alto de uma falésia, é de tirar completamente o fôlego... para um casal apaixonado, com duas taças de vinho e um cenário destes, é o final de tarde perfeito!
No dia seguinte, mais um rolê na nossa van "privê", agora com destino ao segundo lugar mais visitado da ilha, a pequena e charmosa cidade de Ubud e sua floresta dos macacos.

Após passar por mais alguns belos templos no caminho para Ubud, chegamos à famosa floresta dos macacos. Para nós brasileiros, que temos certa familiaridade com florestas e com macacos, não há um grande impacto ou novidade, exceto pelo fato dos macacos serem extremamente, digamos, "espertos"... Logo antes de entrar no parque somos alertados sobre os cuidados que devemos ter e, assim que a orientação termina, um esperto macaquinho surge do nada e pega "emprestado" o protetor solar de uma turista européia... vimos esta cena repetir várias vezes ao longo do nosso passeio por lá, aliás... ainda bem que não conosco!

Mas além dos macacos, o local também abriga dois belos templos, sendo o Dalem Agung o maior e mais importante deles. No caminho de volta ainda paramos para mais uma atividade tradicional de Bali, a compra de objetos de prata! Existem várias fábricas de artigos de prata de muito bom gosto ao longo da estrada que leva a Ubud, todas elas sempre cheias de turistas comprando sacolas e sacolas dos desejados brincos, pulseiras e demais objetos cobiçados ao redor do mundo, comprados a preços bem em conta por lá e revendidos a pequenas fortunas. Aliás, não podemos reclamar do preço das coisas na Indonésia, talvez o país mais barato da viagem!
Bom, esta foi nossa passagem pela fantástica Bali, 1 semana de muito relaxamento, boa comida, belas praias, templos espetaculares, misticismo e muita gente sorridente e simpática... Sem dúvida um dos pontos mais altos destes nove meses na estrada!!


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