Se houve algo nessa nossa passagem pelos Estados Unidos que realmente nos impressionou, esses foram os parques nacionais que visitamos! Surpreenderam pela organização (muito mais didáticos e ordenados que muitos museus que existem por aí), pelo nível de acessibilidade (deficientes, idosos, crianças, enfim, todos conseguiam se deslocar com muita facilidade), pela variedade de atrações, para todos os gostos e, claro, pela beleza natural que encontramos por lá! Somos meio suspeitos para falar de parques, já que gostamos bastante de atividades ao ar livre, mas o Yosemite, o Death Valley e o Grand Canyon extrapolaram nossas expectativas. De quebra, ainda demos uma passadinha em Las Vegas, já que ficava no meio da caminho... Mas vamos ao que interessa:
1) Parque Nacional Yosemite (Califórnia)
O Yosemite não é o parque nacional norte-americano mais famoso, título que está a cargo do Yellowstone (do Zé Colméia); não é também o maior, mas é, sem dúvida, o mais querido e visitado do país... e após conhecê-lo é fácil entender o porquê! Ficamos hospedados em um cidadezinha próxima, chamada Oakhurst, que nos serviu como base para a exploração do parque. A área realmente turística é dividida em 3 regiões principais : ao sul, o bosque de Sequóias; no centro, as montanhas, trilhas e cachoeiras, ou seja, o coração do parque; e, ao norte, a parte alta, que estava fechada em virtude do clima e só reabriria em 3 semanas. Começamos a exploração pelo sul, mais próximo de onde estávamos. As sequóias sempre despertaram a minha curiosidade, tanto pelo seu tamanho (são os maiores seres vivos do mundo) quanto pela sua idade (algumas com mais de 2000 anos!)... e são realmente fascinantes!
Não existem mais muitos exemplares de pé; muitos foram indiscriminadamente queimados ou derrubados, mas este “senhor” aí da foto tem mais de 1000 anos e 30 metros de altura... não tem como não ficar impressionado. Seguindo ao norte, em direção à sede do parque,
mirantes com vistas espetaculares aparecem a cada quilômetro. Mas o melhor
ainda estava por vir: dezenas de cachoeiras, algumas com quedas d’água de até
300 metros, trilhas, vida selvagem (com direito até mesmo a ursos), montanhas,
rios... E como os yankees gostam disso! Centenas de motorhomes ocupam os dois
acampamentos principais; as trilhas estão sempre repletas de crianças,
adolescentes e... idosos! Sim, vários senhores e senhoras escalando as
montanhas mais íngremes e te fazendo passar vergonha ao reclamar do degrau a
mais que tem para subir se quiser alcançar o topo! Só visitando mesmo para
entender por que os americanos elegeram o Yosemite como parque número 01 do
país!
2) Parque Nacional Death
Valley (Califórnia)
Imaginem um lugar tão seco, árido e quente que fez com que os malucos (porque não dá para chamar de outra coisa) que primeiro habitaram por ali fundassem uma vila chamada de Vale da Fornalha. Um local cuja única fonte de água recebeu o nome de Badwater por conta da alta salinidade. Um fim de mundo que está 85 metros abaixo do nível do mar, que possui paisagens desérticas com mais de 20 tonalidades de cores de areia e que costuma registrar as temperaturas mais altas do país (lá pegamos módicos 42 graus).
Bom, esse
lugar não poderia receber outro nome que não fosse Death Valley. Esse parque costuma passar despercebido para quem sai
de Los Angeles ou San Francisco e vai para Las Vegas, mas merece, no mínimo, um
bate-e-volta, como fizemos, a partir da “capital mundial do entretenimento”.
Não se gasta mais que 2 horas para chegar até lá e em cerca de 3 a 4 horas é
possível conhecer as principais atrações... sim, há várias por lá! Além do
ponto mais baixo dos E.U.A., encontramos diversas e diferentes paisagens multi-coloridas,
além de um pequeno “salar”, como os que existem em Uyuni, na Bolívia, e em San
Pedro de Atacama, no Chile. Um passeio bem interessante para quem não gosta
tanto de cassinos e jogos, como nós, e está visitando Las Vegas.
3) Parque Nacional Grand
Canyon (Arizona)
Não sei se é realmente o maior do mundo, como dizem por lá, já que visitei outros 2 canyons (um no Peru e outro na Argentina) que reivindicam o mesmo título, mas com certeza é o mais famoso e, em relação aos que visitei, é mesmo o mais impressionante. O Grand Canyon é resultado das transformações que nosso planeta vem sofrendo ao longo desses milhões de anos e os americanos conseguiram colocar todo esse processo de maneira tão didática no parque, através de uma linha evolutiva, que parece que você sai de lá como profundo conhecedor de toda a geologia do planeta! Cada cor de rocha, cada fenda, cada escarpa, tem a sua explicação. O rio Colorado, que cruza o canyon, também teve sua importância no processo, que começou com os movimentos de placas tectônicas, seguido de invasões oceânicas e novas erupções de montanhas e vulcões, culminando no verdadeiro arco-íris em forma de rocha que dá cor a uma variedade incrível de formas. Várias trilhas levam para diferentes partes do parque, onde se pode ter pontos de vista bem diversos de todo aquele colosso. Claro, tudo isso interligado por um eficientíssimo serviço de ônibus interno a cada 10 minutos. Mas tudo isso se você for ao parque nacional... se fizer só aquele famoso bate-e-volta quando está em Las Vegas, vai perder o melhor de uma das sete maravilhas da natureza!
Las
Vegas
Capital mundial do entretenimento é um termo bem
relativo, discutível, já que diversão para uns, pode não ser para outros. Mas
em um ponto não há discordância: Las Vegas oferece diversão para uma enorme
variedade de gostos! Você gosta de jogos de azar? Bom, isso é o que não falta!
Gosta de música? Há shows de grandes cantores e bandas quase diariamente! Gosta
de balada? Escolha a sua: eletrônica, rock... Gosta de shows? Só o Cirque du
Soleil tem pelo menos uns 6 diferentes espetáculos diários em diferentes
cassinos! Nós não somos propriamente pessoas “da noite”, nem frequentadores
assíduos de “baladas”, por isso Las Vegas realmente não nos causou grande
impacto (a não ser pela visita ao Death Valley), mas valeu a pena ter visto
como conseguiram levar desenvolvimento para uma das regiões mais inóspitas dos
E.U.A e de quebra, ainda assistir um dos espetáculos mais originais e
interessantes do Cirque du Soleil, o
Zumanity, o primeiro show erótico do
circo mais famoso do mundo. Recomendamos!
Bom, agora é pegar nosso Jetta e cair na Route 66
para a etapa final da nossa viagem pelas terras do tio Sam ! See you!