A culinária mexicana é muito conhecida ao redor do mundo, com restaurantes representando seus sabores nos quatro cantos do planeta. Famosa por misturas exóticas, pratos muito picantes e coloridos, a cozinha mexicana oferece sabores, digamos, únicos... Isso pode ser muito bom para alguns, mas para o nosso paladar não foi uma experiência gastronômica das mais agradáveis. Definitivamente, a cozinha mexicana, consumida diariamente, não nos fazia comer por prazer, mas por necessidade vital... Nem por isso deixamos de experimentar de tudo, para criticar, tem que conhecer!
Bom, vamos ao panorama geral. No México, a base das refeições são o feijão, o milho, o arroz e os milhões de tipos de pimentas que alguém possa imaginar que exista. Carnes, predominantemente o frango, mas é fácil encontrar também a bovina e a suína. Ah, claro, tudo com muito coentro! Andar pelas ruas do centro da capital é inalar constantemente o odor das massas de milho fritas, pastas de feijão e coentro! Concordemos que não é um aroma a que estamos muito acostumados!
Quem domina o cenário da alimentação cotidiana são as tortilhas, massas feitas a base de milho e preparadas ali na hora, na frigideira. Com elas são preparados diversos pratos típicos locais ou simplesmente usada como se fosse o nosso "pãozinho", servido como couvert.
Com relação aos pratos mais tradicionais, o arroz e o feijão (preto) são presença constante, mas preparados de maneira diferente a que estamos habituados. O feijão, muitas vezes consumido no café da manhã, é feito de forma mais compacta e "consistente", quase uma pasta, e muitas vezes associado com molho bastante apimentado e um certo toque doce.

Alguns pratos foram interessantes. A cochinita de pibil, por exemplo. Sobre uma folha de bananeira, um desfiado de carne de porco, preparado com um tempero equilibrado e não muito picante. Uma bisteca de porco com feijão preto e guacamole também foi "saudável". Bizarro mesmo foi a lengua a la Veracruz, língua de boi, cozida depois assada e cortada em filés com molho extra apimentado.
Como vocês podem notar, ninguém pode nos acusar de criticar sem ter experimentado!
Agora vamos à parte líquida! Como todos sabem, o México é a terra da tequila, destilado preparado a partir do agave azul, uma espécie de abacaxi gigante. Das inúmeras marcas existentes por lá, a mais recomendada é a Don Julio. José Cuervo é o equivalente a nossa 51, tem fama, mas não qualidade. Com relação às cervejas, outra decepção... Famosa por ter inúmeras marcas, muito famosas mundo a fora e especialmente nos EUA, as cervejas mexicanas são normalmente bem fraquinhas e pouco encorpadas. As marcas mais consumidas são a Tecate, Dos Équis (XX) e Indio. Marcas famosas por aqui como Corona e Sol, não são tão populares por lá. Em compensação, a melhor cerveja da viagem, até o momento, vem de lá: a Negra Modelo. Cerveja um pouco mais cara, encorpada e com sabor marcante, ideal para tomar na praia, refrescar e ao mesmo tempo servir de acompanhamento para os picantes pratos mexicanos. Essa, finalmente, nós recomendamos!
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