Tóquio é uma cidade em que o moderno e o tecnológico convivem em harmonia com a tradição e o passado. Lá é possível ver templos seculares cercados por moderníssimos arranha-céus. Luzes intensas, sons e gente, muita gente, por todos os lados. Mas o mais interessante nisso tudo é que, apesar desse aparente caos, tudo corre na mais perfeita ordem: as luzes são sincronizadas e equilibradas, os sons são sempre suaves (como por exemplo, cantos de pássaros em semáforos e metrôs) e em baixo volume, as pessoas sempre caminham na mesma direção, sem atropelos; é realmente incrível!
Sobre o transporte público, não dá nem para comentar; as duas companhias do metrô (Tokyo metro e TOEI) dividem as dezenas de linhas e centenas de quilômetros daquele que é o maior do mundo, além dos trens que interligam as estações e vários ônibus que circulam pela cidade. Mas andar de metrô em Tóquio não é tão fácil no começo, nem tão barato (um bilhete para uso ilimitado por 1 dia custa cerca de 10 dólares). Comer, para quem não está habituado ou não gosta da culinária japonesa ou asiática, também não é tarefa tão simples. Esqueça os sushis e sashimis, eles existem, são bastante presentes, mas não fazem parte do dia a dia do japonês, muito mais afeito aos pratos a base de noodles, arroz, sopas e frutos do mar crus. Comida ocidental também existe, por preços exorbitantes. A comida local, no entanto, é até barata.
Bom, mas vamos às atrações de Tokyo que já dedicamos o post anterior aos hábitos e características dos japoneses! No nosso primeiro dia, aproveitamos para visitar o parque Ueno, próximo ao nosso hotel. Parque amplo, muito arborizado, com grande quantidade de cerejeiras (infelizmente chegamos após o seu florescimento) que dão o cheiro típico dos parques da capital. Nele existem dois templos budistas/xintoístas, além do museu de história natural e do bom museu nacional de Tóquio, que conta a história do império desde suas origens, com belas, mas poucas, peças.
Ainda nesta mesma região é possível visitar uma das maiores torres de TV do mundo, a Tokyo Skytree, com seus 643 metros de altura e o Rikugien, um dos inúmeros jardins japoneses que estão espalhados por toda a cidade e que servem para equilibrar e harmonizar com o cinza prevalente. Seguindo agora para a região mais central da cidade, temos o cobiçado bairro de Akihabara, com seus shoppings especializados em eletrônicos e câmeras fotográficas, a paixão nacional! Para vocês terem uma idéia, estas lojas tem até planos de fidelidade para compradores de material fotográfico... e não falta gente fazendo fila para comprar o último modelo da Canon, lentes novas... E os preços realmente são muito convidativos, menos da metade do que custa no Brasil!
A principal atração da região central, e talvez da cidade, é o Palácio Imperial. A residência oficial da família real japonesa não é aberta à visitação, mas rende belas fotos de sua fachada e, principalmente, dos jardins que ficam do lado leste, estes sim abertos ao público gratuitamente... Ah sim, quase esqueci de falar, a grande maioria dos jardins no Japão cobra entrada, normalmente ao redor de 3 a 5 dólares. Um muito bonito que fica ali próximo é o Koishikawa Korakuen. Continuando no centro, podemos ainda ver os mais altos e modernos prédios da cidade, como do governo com suas torres e base que lembram uma catedral.
Na região oeste ainda encontramos o templo mais bonito da cidade, o Meiji, dentro de um parque bastante arborizado e com uma "parede" de tambores para fabricação de saquê, logo em sua entrada. Para quem gosta do universo cosplay, Harajuku, ali bem perto, é o local onde se encontram... Por falar em templo, na região sul encontramos o que maior evidencia esse contraste e equilíbrio entre passado e presente em Tóquio, o templo Zojoji, erguido bem na base da moderníssima torre de Tóquio, que lembra muito a sua "parente" francesa, Eiffel.
Tóquio foi nossa primeira parada na Ásia e os contrastes foram muito grandes, mas mesmo atordoados com tanta diferença, a capital japonesa foi uma excelente anfitriã!! Agora, rumo a Kyoto!
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