domingo, 18 de maio de 2014

Top 10 pratos nacionais típicos


Mais um top 10 culinário! Após a lista dos nossos 10 restaurantes preferidos da viagem, agora vamos com a seleção das maravilhas culinárias tradicionais da viagem, ou seja, os melhores pratos típicos que pudemos provar ao redor dos mais de 30 países que visitamos. Segue a lista em ordem de preferência:

10) Braai (churrasco sul-africano) - África do Sul

O Braai é o churrasco tradicional da África do Sul, composto por uma grande variedade de carnes, que vão da bovina à suína, além de variedades mais exóticas como carne de gazela, springbok e javali. Os cortes normalmente são grosseiros e há uma grande variedade de salsichas bem temperadas. Tão calórico quanto imperdível!




09) Cazuela de mariscos com arroz de coco - Cuba/Belize/Colômbia (países caribenhos)


Prato clássico caribenho, que provamos em Cartagena, Belize e Cuba, é um ensopado de mariscos e frutos do mar, preparado mais ou menos como uma moqueca baiana, com leite de coco e azeite, além de temperos locais. É idealmente acompanhada pelo fantástico arroz de coco com fatias de banana frita. Combinação exótica e deliciosa!





08) Rolinhos primavera do Vietnã - Vietnã


Iguaria mais famosa da culinária vietnamita, os rolinhos primavera locais são diferentes dos similares sino-japoneses. No Vietnã, antes de mais nada, eles não são fritos nem cozidos. Podem ser feitos com camarões, carne de frango ou porco. Têm legumes e temperos em seu interior, além de fiapos de vermicelli de arroz (um tipo mais fino de noodle). Tudo isso enrolado em folhas de arroz. Comida artesanal, que parece arte, e deliciosa!

07) Nasi Goreng com Satay de Frango - Indonésia


Na língua local significa "arroz frito", e é exatamente isso... um belo arroz frito, com especiarias, vegetais e um ovo frito por cima. Normalmente acompanha chips de camarão frito. O Satay de Frango, é um espetinho de frango, temperado com molho agridoce, bem condimentado. É o prato nacional e foi o nosso preferido em nossa passagem por Bali!



06) Moussaka - Grécia


Essa delícia da culinária grega não é novidade para muita gente, mas faz parte da nossa lista por ser uma combinação tão gostosa quanto inusitada de sabores. Carne (geralmente de carneiro), berinjela, queijo, molho bechamel, tomates, canela e outras variações possíveis fazem deste prato uma explosão de sabores e um dos nossos preferidos!






05) Goulash - Hungria


Este prato da tradicional culinária húngara nos acompanhou durante todo nosso percurso de bike por terras húngaras! Era o nosso repositor de energias e fonte de intenso deleite gastronômico. Não é esteticamente um prato bonito, mas este guisado de carne, acompanhado de um bom vinho, é um ótimo estímulo para pedalar 360 Km em 6 dias, afinal, não víamos a hora de chegar no destino e comer nosso goulash!




04) Pad Thai - Tailândia


O mais famoso prato da culinária tailandesa, este noodle frito com ovos, que pode ser acompanhado de vegetais, carne de frango, porco, peixe ou camarões, molho de tamarindo e outros vários temperos orientais é um verdadeiro deleite! Perdemos as contas de quantas vezes ordenamos este prato em nossa viagem, e nunca nos decepcionamos! Simples, barato, prático e delicioso... precisa de mais alguma coisa??


03) Iskender Kebab - Turquia


A culinária turca é riquíssima e deliciosa e poderíamos ter escolhido somente pratos deste país em nosso ranking. Como o objetivo é fazer uma eleição global, escolhemos o que mais nos agradou em nossa passagem por lá! Este kebab é a composto pela famosa carne turca assada em espetos rotativos e fatiada em camadas finas, acompanhada de um delicioso molho, pão pide (o pao turco) e iogurte... Dá salivação só de lembrar!!


02) Bacalhau com Natas - Portugal


 Não tem como não incluir alguma das maravilhas culinárias portuguesas nesta lista, especialmente quando se trata de bacalhau! Qualquer uma das variedades que podemos encontrar por lá são de lamber o prato, mas a que mais comemos e que mais nos conquistou foi o bacalhau com natas. Cremoso e acompanhado de um bom vinho local, é a combinação perfeita!!




01) Ajiaco - Colômbia


O tradicionalíssimo prato da culinária andina colombiana foi a nossa primeira maravilha gastronômica da viagem e permaneceu assim durante os nove meses, não tendo sido superada por nenhum outro na categoria "prato típico nacional". Nada mais é que um ensopado de frango, com batatas, temperos locais, creme de leite, uma espiga de milho e servido com arroz, alcaparras e uma fatia de abacate! Mistura incrível, assim como os sabores; vencedora, sem discussão!


sábado, 10 de maio de 2014

Top 10 restaurantes da viagem


Em uma viagem de 9 meses de duração, ficando em média 3 a 4 dias em cada cidade, na maior parte das vezes em quartos de hotéis, é difícil preparar sua própria comida. Foram poucas as vezes em que isso aconteceu; na maior parte do tempo, as nossas refeições foram feitas mesmo em restaurantes, dos mais diversos tipos, categorias e preços. Foram centenas deles ao longo desse período e a escolha não foi fácil, tendo deixado alguns espetaculares fora da lista. Nossos critérios principais foram o preço, o serviço e, claro, a qualidade da comida. Em alguns deles fomos diversas vezes, em alguns fomos uma única (mas marcante) vez, mas no final estes 10 restaurantes mereceram estrelas no guia do Um Mundo Pela Frente! São eles, pela ordem :

10) Galaxy Diner : Flagstaff - Estados Unidos


Esta foi uma surpresa em nossa passagem pelos Estados Unidos. Não é exatamente um local de excelência e sofisticação culinária, bem longe disso! É um tradicional diner norte-americano encravado no meio da Route 66 com tudo que um restaurante deste tipo precisa ter : a music box, o balcão, as mesas enfileiradas com bancos no lugar de cadeiras e a comida típica do país, os hambúrgueres e batatas fritas muito bem servidos e feitos no capricho...ah, claro, sem esquecer dos enormes milk-shakes! Foram, sem dúvida, as refeições mais calóricas da viagem!!

Avaliação tripadvisor : Galaxy diner


09) Dali Courtyard : Pequim - China


Apesar da culinária chinesa não nos ter agradado, Pequim conta com dois restaurantes na nossa lista top 10! Neste, especificamente, fomos somente uma vez, mas foi realmente surpreendente! Primeiramente, demos muita sorte em conseguir uma mesa, pois havia uma desistência quando chegamos... sim, o lugar era disputadíssimo e tínhamos que ter feito reserva! E qual a graça do lugar? Antes de mais nada, você chega e não há cardápio para as comidas, somente as bebidas! Isso mesmo, o menu é surpresa! São duas entradas, três pratos principais e uma sobremesa; tudo muito gostoso, da típica culinárias chinesa, mas com toques da cozinha internacional. Foi realmente uma das maiores surpresas culinárias da viagem!
Avaliação tripadvisor : Dali Courtyard


08) Zé Manel dos Ossos : Coimbra - Portugal


Restaurante mais tradicional de Coimbra, ele é minúsculo, tem apenas 6 mesas para cerca de quatro pessoas, e é tomado de papéis nas paredes com recados de pessoas de todo o mundo elogiando as delícias de lá. As filas são sempre imensas (não fazem reserva) e, mais uma vez, demos bastante sorte de conseguir uma (na segunda tentativa)! E valeu a pena. O prato mais tradicional de lá são os "ossinhos", mas o mais famoso e realmente saboroso é a feijoada de javali!! Parada imperdível para quem vai visitar a cidade da universidade mais famosa do país!
Avaliação tripadvisor : Zé Manel dos Ossos


07) La Central Antillana : Cartagena de Índias - Colômbia


A primeira surpresa gastronômica da viagem, este típico restaurante caribenho serve uma deliciosa variedade de frutos do mar, com os temperos típicos da região e uma mistura agridoce imbatível. Foi a melhor cazuela, o melhor peixe, os melhores frutos do mar e o melhor arroz de coco de toda viagem! O ambiente, bem característico do caribe, com tudo feito de madeira, amplas varandas e aqueles enormes ventiladores de teto, dão um ar ainda mais especial para o lugar. Pela noite, um dj toca os clássicos da rumba! Ah, e não esqueça de pedir a limonada de coco para acompanhar!
Avaliação tripadvisor : La Central Antillana



06) Merulana Café : Roma - Itália


É claro que este não é o melhor restaurante de Roma (pelo tripadvisor ele é o número 982 de mais de 8 mil), mas foi nosso preferido na capital italiana e onde comemos massas deliciosas, especialmente o nhoque, o melhor de nossas vidas! Preço muito acessível, serviço muito bom, boa carta de vinhos e comida sempre deliciosa, fizeram este pequeno restaurante de bairro um dos nossos preferidos em toda viagem!
Avaliação tripadvisor : Merulana Café







05) Gostilna Dela : Liubliana - Eslovênia


Surpresa agradabilíssima da viagem, este restaurante tem uma proposta bastante diferente. Comandado por estudantes de gastronomia, eles não oferecem muitas opções de cardápio; na verdade, são dois menus e você escolhe uma entrada, um prato principal e uma sobremesa, entre as duas opções oferecidas, mais ou menos como se fosse uma "restaurant week". A comida é saborosíssima, de alta gastronomia, e o preço inacreditavelmente baixo, algo em torno de 5 euros um prato como esse ao lado! Recomendamos fortemente a cidade e este restaurante, sem dúvida alguma!!
Avaliação tripadvisor : Gostilna Dela



04) Mr. Shi´s Dumplings : Pequim - China


Segundo representante chinês desta lista, este pequeno restaurante, frequentado por estudantes estrangeiros que estão fazendo cursos na cidade, nos ofereceu os melhores guiozás da viagem... e olha que foram muitos, incluindo aí um restaurante estrelado do guia Michelin que visitamos em Singapura! Único lugar em que pudemos consumir estas iguarias fritas, o simpático Mr. Shi, que estava sempre por lá, oferecia mais de 60 variedades de recheio para os famosos bolinhos, fritos ou (tradicionalmente) cozidos. Outros pratos da culinária chinesa também podem ser encontrados por lá, mas as vedetes são realmente os guiozás! Em um final de tarde, com uma caneca de cerveja gelada... imperdível!
Avaliação tripadvisorMr. Shi´s Dumplings


03) Warung Totemo : Bali - Indonésia


Este talvez tenha sido o restaurante que mais frequentamos durante a viagem e vários motivos contribuíram para isso. Primeiro e principal motivo : a comida realmente deliciosa. Acho que experimentamos todos os pratos disponíveis no cardápio e nenhum decepcionou! Segundo motivo : o preço. Comíamos entrada, prato principal, bebidas e sobremesa por 12 dólares... o casal!! Não bastasse tudo isso, ficava ao lado da nossa pousada e tinha wifi grátis! Só em Bali mesmo para ter um lugar desses!!
Avaliação tripadvisor : Warung Totemo


02) Hemlock : Bangkok - Tailândia


Já havia conhecido este restaurante na primeira vez que estive em Bangkok e pude reconfirmar, o Hemlock é disparado o melhor custo-benefício da viagem! Tendo um cardápio que deve ter ao redor de uns 100 pratos diferentes, com invenções inovadoras da culinária tailandesa, em pratos caprichadíssimos e de alto padrão. Perdemos as contas de quantas vezes jantamos por lá e de quantos pratos diferentes provamos... mas o que nunca perdemos lá foi dinheiro, com uma média de 20 dólares a refeição do casal, com bebida! Na capital tailandesa, parada obrigatória!
Avaliação tripadvisor : Hemlock


01) Morning Glory : Hoi An - Vietnã


Nosso número 01 é um restaurante mundialmente famoso! Encontramos vários viajantes que passaram por Hoi An e todos era unânimes em afirmar : o Morning Glory era um dos melhores restaurantes que já haviam estado em suas vidas! Bom, nós entramos para esta lista também...e não é sem motivos! Tudo, mas realmente tudo lá, é espetacular : os tradicionais rolinhos primavera, os pratos agridoces feitos a base de pato ou carne suína, os ensopados... não dá para dizer o que é melhor! Não bastasse a beleza da cidadezinha de Hoi An, você ainda pode fechar suas noites com uma das melhores refeições da sua vida!
Avaliação tripadvisor : Morning Glory

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Malásia e Camboja : Entre arranha-céus e templos


A nossa passagem pela Malásia e pelo Camboja foi bem rápida. Ao todo foram apenas 4 dias nestes dois países... tempo curto, mas bastante intenso, onde pudemos visitar aquela que, para nós, é uma das grandes maravilhas do mundo moderno : o complexo de templos de Angkor Wat!!


A Malásia foi, na realidade, apenas uma ponte entre a Indonésia e o Camboja. Como os vôos diretos estavam absurdamente caros, decidimos fazer este pit stop em Kuala Lumpur, a capital do país, e um dos principais hubs aéreos da Ásia. Para falar bem a verdade, não há quase nada para se fazer lá, caso você não seja um empresário viajando a negócios. Ficamos hospedados na "25 de março" de lá, uma rua de imigrantes chineses, coberta por uma espécie de toldo gigantesco e repleta, mas muito repleta mesmo, de lojas e camelôs onde quer que você olhasse, sendo quase impossível encontrar nosso hotel!


Próximo a esta rua, encontramos a parte antiga da cidade, ou o pouco que sobrou dela, com o Mercado Central e suas lojinhas de artesanato, sedas e bugigangas em geral, além de alguns restaurantes... nada muito espetacular ou diferente. De lá, pegamos o monotrilho, que percorre toda a cidade, e fomos até as famosas torres gêmeas Petronas, que já foram individualmente o primeiro e segundo edifícios mais altos do mundo e que ainda hoje são os edifícios idênticos mais elevados do planeta. Não conseguimos fazer o tour até seu topo; para isso precisaríamos ter reservado com 3 dias de antecedência, mas como só ficamos 24 horas por lá... fica para uma próxima! Após uma curta noite de sono, fomos ao pior aeroporto de toda a viagem (e o pior entre os mais de 80 que já visitei na minha vida!) e embarcamos rumo ao Camboja!


Eu (Juliano) já havia visitado o Camboja 3 anos antes e já tinha uma boa idéia de como as coisas funcionavam por lá. A nossa cidade de destino foi a turística Siem Reap, a cidade base para a exploração do mundialmente famoso e imponente complexo de templos de Angkor Wat. Sabia, por exemplo, que o Camboja seria o lugar para ficarmos muito bem acomodados e ter todas as mordomias que uma volta ao mundo não nos permite ter, pelas óbvias razões financeiras... Lá ficamos hospedados em um resort 4 estrelas com todo o lazer possível, desde piscina até spa, café da manhã farto e excelente localização pela bagatela de 40 dólares a diária!! Sim, mesmo sendo a cidade mais turística do país, tudo é muito barato!


O Camboja é um dos países do sudeste asiático que mais sofreu no período pós-colonial. Ex-colônia francesa (resta muito pouco da sua influência por lá...), ficou durante anos em uma sangrenta guerra civil que dizimou mais da metade da população e que deixou uma "herança" de muita pobreza e muitas minas terrestres ainda ativas ao longo de todo território do país. Apesar de tudo isso, é um dos povos mais sorridentes que encontramos na viagem. Povo muito amistoso, solícito e amável, estão a todo tempo tentando fazer de tudo para te agradar! 


Para conhecer o melhor do complexo de Angkor são necessários no mínimo 3 dias, que é o período médio que os turistas ficam por lá. Aliás, os ingressos para o parque são somente de 3 tipos : 1 dia, 3 dias e 1 semana. Um dia é impossível, você vai deixar de ver muita coisa bonita e importante; creio que ninguém que se desloca para o outro lado do mundo o faz pensando em ver as coisas "por cima". Uma semana é bastante tempo, dá para ver realmente tudo e com a calma necessária para apreciar, explorar e aproveitar tudo que estes espetaculares e complexos templos têm a oferecer.


Não tínhamos todo este tempo disponível para ficar por lá, nosso visto para a Índia já estava para vencer e ainda tínhamos todo o Vietnã para visitar... então optamos pelo esquema que havia feito quando fui pela primeira vez, o de 3 dias. O primeiro dia do tour é, na verdade, uma espécie de introdução ao complexo, com uma visita de final de tarde a um templo que fica no alto de uma colina e de onde se pode admirar um belíssimo pôr-do-sol...quando ele aparece, claro, coisa que é meio uma "loteria" no verão do sudeste asiático e época de monções. Acabamos não conseguindo entrar no templo também pelo fato da Pati estar com joelhos e ombros expostos... nós e quase todas as estrangeiras que lá estavam, já que é impossível usar calça e cobrir os braços com um calor de mais de 40 graus e muita umidade mesmo no final da tarde!


Para fazer o tour de 3 dias é necessário um guia. Alguns até tentam fazer de bike, mas se arrependem logo no primeiro dia; o calor é insuportável, a umidade gigantesca e as distâncias muito grandes. Além disso, não há muitos lugares para guardar a bicicleta e você acaba não aproveitando tanto tudo que o local oferece. O que todos fazem, que é o recomendado, é contratar um tuk-tuk! Sim, isso mesmo, você contrata um motorista/guia credenciado, de preferência indicado pelo hotel em que está hospedado, e ele vai te buscar e transportar o dia todo pelos principais templos do complexo. Não espere muitas explicações e vá já com alguma idéia dos templos que quer conhecer (para isso compre um dos inúmeros guias vendidos à profusão pelas ruas da cidade). Ele ficará a sua disposição o dia todo, cada um dos 3 dias... O preço? Em média de 40 a 50 dólares... pelos 3 dias!!


No segundo dia, acordamos cedo e fomos para o dia mais longo do tour, onde visitamos os maiores e principais templos daquele que é, até hoje, o maior complexo destinado exclusivamente ao culto religioso do mundo! Começamos pelo templo principal, símbolo do complexo, e o mais bem preservado de todos. Gigantesco, construído com salas concêntricas e simétricas, 4 torres e paredes com toda a história do hindu-budismo cambojano esculpido com extremo detalhe. Dá para ficar facilmente umas 2 horas por lá!


Seguindo o tour, visitamos ainda diversos e variados templos, sendo um dos mais famosos o templo "Tomb Rider", que recebe este apelido por ter sido cenário do filme homônimo, com Angelina Jolie.
No meio do dia, paramos para almoço em um restaurante de rua local, com a deliciosa comida khmer, muito parecida com a tailandesa, mas ainda mais picante e temperada. Mais alguns templos depois, fomos apreciar o pôr-do-sol em frente ao templo principal, para finalizar o dia e descansar um pouco antes de partir para a noite na cidade, onde se pode apreciar vários pratos desde culinária francesa até a tradicional asiática. Para os que gostam de boas e baratas compras há também os tradicionais mercados noturnos e, para terminar a noite, a Pub Street e seus bares e "baladas", como o mundialmente famoso "Angkor What?".


O terceiro e último dia foi o que escolhemos para visitar os templos mais distantes do complexo, cerca de 1 hora e meia de tuk-tuk até chegar lá. O passeio é bem interessante porque passa no meio de arrozais e casas locais, onde as pessoas levam ali sua dura vida, sem nunca tirar o sorriso do rosto. Sempre que um tuk-tuk passava era uma festa! Voltamos ao hotel ainda em tempo para sair para almoçar e experimentar o curioso "churrasco khmer", com carnes que variam desde rã, jacaré, cobra e peixes... Não é exatamente gostoso, mas é bem curioso!

E aqui terminamos nossos 3 dias de relax, conforto e lugares exóticos e espetaculares em um dos países com história mais sofrida e povo mais sorridente de toda nossa viagem! Agora, nosso último e mais surpreendente país do sudeste asiático : Vietnã, aqui vamos nós!



domingo, 4 de maio de 2014

Bali : A verdadeira Ilha da Fantasia!


Antes de mais nada, o tema do post é Bali e não Indonésia (o país onde se localiza a ilha de Bali) porque consideramos situações completamente diferentes dizer que visitamos a Indonésia ou dizer que visitamos Bali. A Indonésia é um dos países mais populosos do mundo, economia emergente e de religião predominantemente islâmica. Bali, uma de suas maiores ilhas, ao contrário, parece que parou no tempo, ainda bastante rural, bucólica, com religião predominantemente budista...a única semelhança com o restante do país, na verdade, é quantidade de gente nas ruas, sempre absurda! Sendo assim, nossa experiência na Indonésia resume-se ao que experimentamos na fantástica ilha de Bali... e garantimos que não foi pouco!

A primeira coisa que vem à cabeça de muitos quando se fala em Bali é, sem dúvida, o surf. Uma das mecas do esporte, pudemos notar, assim que desembarcamos no modestíssimo aeroporto da ilha, a quantidade de pessoas, das mais variadas idades, carregando suas pranchas e rumando em direção às praias do sul. Escolas e mais escolas do esporte ficam perfiladas nas principais praias e ruas, especialmente no ponto mais agitado da cidade e local onde ficamos hospedados, Kuta. A cada 50 metros é possível encontrar balineses alugando pranchas ou oferecendo serviços dos mais variados para quem quiser passar algumas horas esperando pela onda perfeita... e se tem um lugar onde elas existem em grande quantidade, este lugar é Bali!

Bom, nem eu nem a Pati sabemos "pegar onda", então o que fizemos por lá? Muita coisa!! Não faltam atividades, das mais diversas, para quem quer passar uma semana nesta fantástica ilha, sem precisar subir em cima de uma prancha! Comecemos pelas praias. Como já dissemos, ficamos hospedados na mais agitada delas, a praia de Kuta. Não é a mais bonita, mas é, sem dúvida, a mais movimentada, a que concentra a maior quantidade de escolas de surf e a que tem a maior variedade de bares, restaurantes, além de vida noturna intensa. É um bom local para ficar hospedado, com boa estrutura e fácil acesso para os demais cantos da ilha... como descobrimos, mais tarde, ser importantíssimo, em função do trânsito mega caótico!

Aliás, vale um parêntesis aqui, com função de dica. A melhor maneira de se deslocar pela ilha é, sem dúvida, alugando uma scooter. As ruas são estreitas, as distâncias são grandes e caminhar nem sempre vai te levar para os locais interessantes, distantes muitas vezes mais de 50 Km. Não que andar com as "motinhas" seja seguro e tranquilo, existem milhares delas pelas ruas, buzinando e cruzando vias por todos os lados, mas é o modo mais rápido e "eficiente" de deslocamento. Bom, nós não sabíamos pilotar as scooters, então nossa opção foi contratar um motorista e sua van, para percorrer os quatro cantos da ilha... Olha, se o local não fosse realmente fantástico e de beleza sem igual, teríamos nos arrependido amargamente... gastávamos pelo menos umas 3 horas dentro do veículo, presos no trânsito, em cada dia de tour!!

Por falar em local fantástico, o povo balinês não é diferente! Sempre muito solícitos, com sorriso no rosto, simpatia irradiando para todos os lados, o povo da ilha empata no critério amabilidade com os vietnamitas como o povo mais legal que conhecemos em toda a viagem! Não tem como não se encantar com eles, o que contribui para a experiência na ilha ser ainda mais marcante!
Voltando ao "turismo", continuamos com as praias. São incontáveis as opções, dos mais variados estilos: praias com faixa de terra estreita, areia grossa e ondas gigantescas, praias de areias brancas e finas com mar azul, praias agitadas, cheias de gente; praias calmas, praticamente desertas, enfim... o que você procurar, em Bali, vai encontrar!

Além da praia de Kuta, onde estávamos hospedados, visitamos algumas praias do sul, onde dominam as grandes ondas, praias de falésias e muitos surfistas. A primeira que visitamos foi Nusa Dua, praia de águas calmas, esverdeadas e areia branca, em uma região dominada por resorts e bem tranquila. Logo ali perto está a famosa Padang Padang, praia muito frequentada por surfistas e que ficou ainda mais famosa após ser cenário do filme "Comer, rezar e amar" com a Julia Roberts. Terminamos este dia na badalada e disputada Uluwatu.

 Praia de ondas gigantescas e que praticamente não tem areia (no dia, os surfistas saltavam direto da encosta da falésia no mar), é repleta de bares e restaurantes nas falésias, onde os surfistas ficam concentrados, observando e esperando a melhor sequência de ondas. Se você quer só aproveitar o visual e relaxar, faça como nós, vá a um dos clubes à beira da encosta e pegue um pacote com direito à piscina de borda infinita, um drink, cadeira de praia e guarda-sol...e aproveite um pôr-do-sol espetacular!!

Mas Bali está longe de ser só uma ilha de belas praias! A região central da ilha guarda diversas atrações que vão desde os singulares templos hindu-budistas balineses, plantações de café, terraços de arroz, florestas tropicais e montanhas com lagos...isto sem falar na parte leste da ilha e seus vulcões, que não chegamos a visitar por conta da longa distância e trânsito caótico, já citado anteriormente. Em um dos dias, fizemos um tour bem interessante, rodando os principais templos da ilha e terminando com o pôr-do-sol mais fotografado e famoso de Bali!

O primeiro templo que visitamos neste dia foi o de Mengwi, famoso por suas "pagodas", cercadas por um canal artificial repleto de flores de lótus (a flor sagrada e dominante em todo sudeste asiático), tudo isso cercado por muito verde. Os templos budistas balineses não são imponentes como os japoneses e os tailandeses, mas são muito bem trabalhados em detalhes que nos fazem ficar um bom templo contemplando sua beleza. Seguindo viagem, paramos para almoçar no alto de um terraço de arroz, principal produto agrícola da ilha e o principal alimento asiático. Comida espetacular, aliás, como toda comida na Indonésia (aguarde o post sobre culinária do sudeste asiático) e com um visual bem bacana.

Ainda rumo à parte alta da ilha, rota de fuga de Tsunamis (aliás, só para esclarecer, Bali não foi atingida pelo grande tsunami que dizimou centenas de milhares de vidas por lá), paramos em uma fazenda de café para experimentar o mundialmente famoso café balinês, considerado o mais caro do mundo, o kopi luwak. Este café tem um método de produção bastante curioso: o luwak é uma espécie de doninha, ou furão, que habita as florestas da região e se alimenta de diversos grãos, entre eles os de café; o problema é que os animaizinhos não digerem estes grãos e os eliminam nas fezes, quase intactos, após certo processamento digestivo. Estes grãos são, então, limpos, moídos e torrados juntamente com outras essências e ervas...et voilà, aí temos o café mais caro do mundo. Tivemos oportunidade de experimentar... é gostoso, mas não sei ainda se vale 80 dólares uma xícara (calma, pagamos só 5...) !

E finalmente, chegamos ao templo Bedugul, ou, Pura Ulun Danu Bratan. Às margens de um lago, é o templo mais fotografado da ilha, principalmente a "pagoda" que se encontra isolada no meio de uma ilhazinha, no meio do lago. O clima lá é bem diferente daquele calor do verão indonésio, graças aos mais de 1000 metros de altitude do local. Após belas fotos, tomamos novamente o rumo do litoral a tempo de assistir o pôr-do-sol mais famoso da ilha, na praia do templo de Tanah Lot.
O templo de Tanah Lot fica em uma praia bastante singular, formada por falésias e rochas, invadidas pelas fortes ondas de água azul cristalina.

A localização do templo é a mais diferente possível, no alto de um grande rochedo, encravado no meio do mar. Como o pôr-do-sol acontece exatamente atrás do templo, no horizonte do oceano Índico, o visual que se têm, do alto de uma falésia, é de tirar completamente o fôlego... para um casal apaixonado, com duas taças de vinho e um cenário destes, é o final de tarde perfeito!
No dia seguinte, mais um rolê na nossa van "privê", agora com destino ao segundo lugar mais visitado da ilha, a pequena e charmosa cidade de Ubud e sua floresta dos macacos.

Após passar por mais alguns belos templos no caminho para Ubud, chegamos à famosa floresta dos macacos. Para nós brasileiros, que temos certa familiaridade com florestas e com macacos, não há um grande impacto ou novidade, exceto pelo fato dos macacos serem extremamente, digamos, "espertos"... Logo antes de entrar no parque somos alertados sobre os cuidados que devemos ter e, assim que a orientação termina, um esperto macaquinho surge do nada e pega "emprestado" o protetor solar de uma turista européia... vimos esta cena repetir várias vezes ao longo do nosso passeio por lá, aliás... ainda bem que não conosco!

Mas além dos macacos, o local também abriga dois belos templos, sendo o Dalem Agung o maior e mais importante deles. No caminho de volta ainda paramos para mais uma atividade tradicional de Bali, a compra de objetos de prata! Existem várias fábricas de artigos de prata de muito bom gosto ao longo da estrada que leva a Ubud, todas elas sempre cheias de turistas comprando sacolas e sacolas dos desejados brincos, pulseiras e demais objetos cobiçados ao redor do mundo, comprados a preços bem em conta por lá e revendidos a pequenas fortunas. Aliás, não podemos reclamar do preço das coisas na Indonésia, talvez o país mais barato da viagem!
Bom, esta foi nossa passagem pela fantástica Bali, 1 semana de muito relaxamento, boa comida, belas praias, templos espetaculares, misticismo e muita gente sorridente e simpática... Sem dúvida um dos pontos mais altos destes nove meses na estrada!!