sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Como planejar uma Volta ao Mundo - Parte 01


Planejar uma volta ao mundo, como você, leitor desse blog, deve imaginar, não é algo simples. Vamos tentar, através dos próximos posts, mostrar um pouco sobre como organizamos a nossa viagem e tentar dar algumas dicas de coisas importantes, que só descobrimos na hora em que precisamos delas...
Primeiramente, quando alguém decide dar uma volta ao mundo, já tem logo de cara o trabalho de convencer a todos que : 1) Não, não está louco ; 2) Não, você não ganhou na loteria ; 3) Não, não dá para trazer nenhuma lembrancinha!!!
Após os convencimentos acima descritos e muitos : "Não acredito, que legal!", está na hora de sentar e começar a trabalhar. O primeiro passo é, obviamente, decidir quais os destinos a se visitar.
Em princípio, isso parece simples... mas garanto que não é só abrir o mapa mundi e colocar um X nos destinos...tem coisas que nem imaginamos e que interferem bastante em nossas escolhas. Mas, iniciemos com um esboço.
Para começar, devemos escolher aqueles lugares "imperdíveis", os que não podemos deixar de visitar de maneira alguma. Em seguida, os locais que amigos ou conhecidos visitaram e que falaram muito bem, mas não estavam nos planos imediatos de viagem. E por fim, aqueles locais "exóticos", que jamais imaginamos que visitaríamos mas, já que vamos passar ali perto, que tal dar uma paradinha?



Muito bem, já definimos aproximadamente os destinos da viagem, ou seja, o "onde ir". O passo seguinte é definir o "quando ir". Ninguém quer passar um ano inteiro dentro de casacos pesados (que aumentam o volume da mala e seu peso) ou tomando chuva! Sendo assim, escolha passar um ano inteiro entre o verão e a primavera! Saindo do Brasil no final do nosso verão, rumo ao hemisfério norte, chegaremos lá... na primavera!! Quando estiver chegando o outono no hemisfério norte, volte ao hemisfério sul e você terá mais nova primavera e um novo verão! Nosso roteiro foi elaborado dessa maneira, saindo do Brasil em março (no nosso verão), dando uma passadinha na Colômbia antes, e partindo para o hemisfério norte no início da primavera de lá! Sendo assim, se você pretende ir inicialmente para o hemisfério norte, uma boa pedida é sair entre março e abril.
Já definimos o "onde" e o "quando", agora é hora do "como"!! E é aí que começa o trabalho duro! Inicialmente, vamos dividir o "como" em duas partes : a volta ao mundo, propriamente dita; e os deslocamentos regionais.
Para a volta ao mundo, você pode comprar todos os trechos individualmente, ao longo da viagem, tendo mais liberdade para ficar onde quiser, quanto tempo quiser, sem preocupações com datas. Se você realmente não tem qualquer tipo de preocupação com dinheiro, faça isso, é a melhor maneira de viajar, mas fique ciente (e digo isso porque fiz a simulação dos valores) que vai pagar mais do que o dobro do valor e vai ter alguns problemas na imigração de alguns países (já que não vai ter a passagem de saída), além de dificuldade para tirar alguns vistos (alguns países exigem pelo menos a reserva da passagem aérea).


Mas se o seu caso for como o nosso, você vai precisar de um Round the World Ticket (RWT). Os RWT são passagens aéreas que te permitem percorrer uma quantidade variada de trechos em diversos países do mundo, por um preço bem mais acessível. Essas passagens, obviamente, tem as suas regras, o que restringe um pouco sua liberdade, mas nada que não dê para contornar com um bom planejamento. As principais companhias aéreas que oferecem esse tipo de passagem são : Star Alliance, One World e a Skyteam. Cada uma tem suas regras e dão ênfase a diferentes regiões do mundo, a depender das empreas que fazem parte do "pool". No nosso caso, a que mais se encaixou em nossas necessidades (e também a mais usada) foi a da Star Alliance, que além de oferecer uma grande variedade de destinos, possui um plano de milhagens mais vantajoso e não cobra multas por mudanças de data, apenas de destino. Depois de muita simulação no site, inclusão de alguns destinos, exclusão de outros, infinitos cálculos com limite de milhas (39000 no máximo) e de paradas (16 no máximo), finalmente chegamos ao roteiro primário...peraí, primário? Sim, afinal de contas há muito deslocamento interno e interregional nessa viagem... mas estes detalhes, só no próximo post!!


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